PROJETO DENGUE
O romance filosófico “Utopia” –
criado pelo escritor inglês Thomas Morus no século XVI – retrata uma
civilização perfeita e idealizada na qual a engrenagem social é altamente
segura e desprovida de conflitos e problemas. Tal obra fictícia mostra-se distante
da realidade contemporânea no tocante à crise sanitária da Dengue, problema
ainda a ser combatido no Brasil.
Esse panorama lamentável ocorre não
só em razão da negligência governamental, mas também da falta de ação nas micro
relações sociais. Desse modo, torna-se fundamental a análise dessa conjuntura
para reverter esse quadro. Nessa linha de raciocínio, é primordial destacar que
a carência de investimentos em políticas públicas deriva da ineficácia do poder
público no que concerne à criação de mecanismos os quais coíbam tais
recorrências.
Sob a perspectiva do filósofo
contratualista John Locke, o estado foi criado por um pacto social para
assegurar o bem estar dos indivíduos. Entretanto, é notório o rompimento desse
contrato social no cenário hodierno brasileiro, visto que, devido a baixa atuação das autoridades, a situação se
torna cada vez mais alarmante e mais pessoas sofrem com essa doença. Destarte,
fica evidente a ineficácia da máquina administrativa na resolução dessa
situação caótica.
Além disso, a carência de ações para
a prevenção de cada cidadão apresenta-se
como outro desafio da problemática. De
acordo com a ONU, a incidência de casos aumentou drasticamente e em 2019 chegou
a 5,2 milhões. Tal conceito abordado é materializado no Brasil, haja vista que
as pessoas não se importam com os métodos para apaziguar esse cenário, o que
consequentemente ajuda na incidência de casos. Logo, tudo isso retarda o
combate à Dengue.
Concomitante a isso, as ações
individuais de toda a população não dispõem de menor importância nessa luta
contra o Aedes Aegypti, é de suma importância eliminarmos a água parada, o
principal foco do mosquito, mantermos as devidas piscinas limpas, taparmos as
águas que estejam paradas, limparmos as calhas dos telhados, usarmos repelentes,
instalarmos telas nas janelas, descartarmos o lixo corretamente e cuidarmos dos
jardins. Somente dessa maneira, avançaremos na eliminação das epidemias
cíclicas de uma forma mais eficiente.
Infere-se portanto a necessidade de
mitigação dos entraves em prol da diminuição da Dengue. Assim, cabe ao
Congresso Nacional mediante o aumento do percentual de investimento, o qual
será proporcionado por uma alteração na Lei de Diretrizes Orçamentárias para
ampliar o combate dessa doença. Outrossim, promover por meio de palestras
ministradas por profissionais especializados na área, com o objetivo de
conscientizar a população. Dessa forma, poder-se-á concretizar a “Utopia” de
Morus na sociedade brasileira.
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